FBI não analisa um terço dos documentos eletrônicos que possui
Da France Presse
A polícia federal americana não tem condições de analisar um terço dos documentos eletrônicos que possui e um quarto dos de áudio – parte de sua atividade antiterrorista – por falta de tradutores em número suficiente, revela um relatório.
O texto, do inspetor-geral do Departamento de Justiça americano, Glenn Fine, considera que “não estudar estes documentos aumenta o risco de o FBI não detectar uma informação em sua posse que poderia ser fundamental na luta contra o terrorismo”.
O inspetor-geral afirma que “100% dos 4,8 milhões de páginas de texto em idioma estrangeiro” recolhidos pelo FBI são examinados mas que, em troca, “14,2 milhões de um total de 46 milhões de e-mails” (31%) não o são, o mesmo acontecendo com 1,2 milhão de 4,8 milhões de horas (25%) de documentos em áudio em sua posse.
Citando as mesmas críticas formuladas num relatório precedente sobre a questão, em 2004-2005, Fine revela que o número de tradutores foi reduzido de 1.338 em março de 2005 para 1.298 em setembro de 2008.
O inspetor também lamenta o tempo gasto para contratar um tradutor, que pode ser de até 19 meses – o necessário para que obtenha as autorizações necessárias para manipular documentos secretos.
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