CIDADE DO VATICANO — O texto original em alemão do livro de entrevistas com Bento XVI, no qual o Papa justifica em “algunos casos” o uso do preservativo, fala de “prostituto” e não de “prostituta”, como foi traduzido por erro na versão italiana, segundo fontes eclesiásticas.
No texto alemão, aprovado pelo pontífice, o chefe da Igreja Católica considera que, em “alguns casos”, o uso do preservativo está justificado e dá como exemplo “quando um prostituto utiliza um profilático”.
Segundo as mesmas fontes, o erro na tradução para o italiano, cujos trechos foram divulgados pelo jornal da Santa Sé, L’ Osservatore Romano, se deveu a “motivos de rapidez e será corrigido nas próximas edições”.
Para o jornal Il Corriere della Sera, que cita fontes do Vaticano, o erro “não altera a substância” da declaração do Papa sobre os casos específicos em que se justifica seu uso.
O erro de tradução causou uma onda de comentários em inúmeros blogs e sites, já que os internautas questionaram as razões pelas quais o Papa dá como exemplo um prostituto, que seria minoria no exercício da prostituição.